quarta-feira, 19 de março de 2025

Poema: Escuridão

Escuridão 

Prefiro me iludir...
do que encarar a realidade,
prefiro me dopar...
para evitar uma atrocidade
um autoextermínio.

Ideais vincados pela sociedade patriarcal,
"isso não é ideal" "está errado",
São dois lados, são duas faces, são duas ideologias.

Compre um e leve dois,
pensamentos tão distintos,
Divergentes, lados opostos da gangorra.
Isso me enlouquece.
Alimento qual lado?

Suporto meus dias com ilusão,
São meus placebos.
Dia após dia, pois meu lado mais ousado,
me apresenta como melhor solução...
o autoextermínio, a minha extinção, a minha subtração.

PENSAMENTOS ALUCINOGICOS, FREQUENTES,
 SEM INTEVALOS DE TEMPO.
Não quero mais isso.

Como faço para parar,
como faço para acabar.
- Ah você sabe, muito bem como parar-
-Vem cá me da sua mão-
- Se estregue, se entregue,
 por completo em minha escuridão- 


Essa falsa felicidade se em pondera,
me consume, me corrói.
Dói aqui dentro, por não ser verdadeira.


Mas... sou eu que faço isso comigo?

me torturo? tenho até cumplice!

olhos de culpa, olhos de julgamentos.



 - Me mate! - disse bem baixo um lado.
 - Não! - gritou o outro lado.
 NÃO AGUENTO MAIS! - gritei pois doeu escutar.



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